A História da Minha Terra

Os Celtas, os Visigodos, os Bárbaros, os Lusitanos, os Romanos, os Árabes, tantos e tantos povos que encheram de história esta pequena grande terra.
Quando a Ribeira de Santarém um dia for 'Amada' então os seus filhos e admiradores descobrirão que a História de Portugal é muito rica.
Esta a terra onde nasci, Princesa abandonada junto do rio que tanto lhe deu e tanto lhe tira.

segunda-feira, 7 de março de 2011

A Conquista de Lisboa

Lisboa, não teria sido possível conquistá-la sem primeiro conquistar Santarém, comece-mos então pelo princípio.

"A Conquista de Lisboa"  e  "A Conquista de Lisboa -Tomo 2 - Por Vontade de Deus", maravilhosa Banda Desenhada de Pedro Massano, encanta-nos pela sua narrativa e pelo seu rigor histórico. É impressionante as obras com que este Autor se documenta e os Historiadores que com ele colaboram. Eu diria que Pedro Massano entrou numa 'Máquina do Tempo' e viajou até à Alta Idade Média Peninsular para nos trazer através da Banda Desenhada, as narrativas e as imagens das conquistas de Santarém e de Lisboa por Afonso Henriques.

Destaco neste blogue duas 'fotos' de Santarém do Séc. XII captadas pela 'máquina' de Pedro Massano que me impressionaram pelo rigor, sei do que falo, nasci na Ribeira de Santarém e a minha infância foi a calcorrear aquelas colinas e aqueles vales que fizeram as minhas aventuras. OBRIGADO Pedro Massano.

Edições Foto-Jornal, LDA  Edição para o MontePio Geral
Booktree, Sociedade Editorial, Lda
                                                  
A conquista de Lisboa em 1147, por Afonso Henriques, não é descrita, em nenhuma fonte coeva nacional com a relevância que seria de esperar, para um feito que envolveu meios logísticos e humanos tão consideráveis à época, como um cerco de 4 meses ou o auxílio de um exército de cruzados estimado em mais de 12.000 homens.
Contrariando tudo o que julgamos conhecer do seu “carácter”, Afonso limitou-se a aproveitar, da imensa operação, uma das “duas igrejas construídas pelos francos para sepultura dos mortos” e sagrá-la em nome do mártir S.Vicente.
E esta discrição do auto-proclamado primeiro rei de Portugal é, estranha mas inteiramente, corroborada pela carta para Osberno, contemporânea dos acontecimentos. Não pareceu ao autor correcto, ou sequer desejável, limitar-se a ilustrá-la por duas razões: a primeira é estar já publicada e a sua mera ilustração haver de resumir-se a isso mesmo. A segunda, é confinar-se, apenas, ao relato factual – de um episódio – que só não é neutro por ter sido escrito por um católico durante uma “guerra santa”.
Assim sendo, encontrará o leitor uma outra trama, que enquadra a acção narrada na referida carta, onde se entre-chocam obscuros interesses e misteriosos personagens. Mas, para isso, há que mergulhar na “idade das trevas”, a Alta Idade Média Peninsular, e recuar uns meses a partir da data que culmina no evento descrito, 25 de Outubro de 1147.

Pedro Massano

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